Exatas
é com elas: 

Tecendo redes no estado do Rio de Janeiro

Mônica Santos Dahmouche

Sobre o livro

O livro “Exata é com elas: tecendo redes no estado do Rio de Janeiro” é uma coletânea de projetos desenvolvidos no RJ para promover a inserção de jovens meninas e mulheres nas ciências exatas, além de uma pesquisa desenvolvida a partir deles: “Educação Equitativa”, “Astromeninas em ação” desenvolvido no MAST; “Meninas das exatas da Baixada Fluminense” desenvolvido em parceria da UFRJ campus Duque de Caxias e Museu Ciência e Vida/Fundação Cecierj; “STEM IME- Girls to girls” realizado no IME; “Garotas cientista, por que não?”  elaborado na UFRJ-campus Macaé;  “Tem menina no circuito” desenvolvido na UFRJ; “Meninas Olímpicas do IMPA” desenvolvido por CAP-UFRJ e IMPA; “Meninas e Mulheres na RRD” desenvolvido na UNISUAM e UVA e “Estímulo às meninas nas ciências através da análise de mineralograma capilar: um estudo de caso”, desenvolvido na PUC-Rio.  Um panorama da representatividade feminina e as relações das meninas e mulheres com as ciências exatas são discutidas no prefácio e posfácio.

Cada projeto tem suas particularidades e adotaram estratégias diferentes com vistas ao objetivo que são discutidos e apresentado ao longo do livro. Esses aspectos bem como as dificuldades encontradas ao longo do caminho são discutidos nos textos permeados por imagens e depoimentos das alunas participantes. O prefácio oferece um panorama da representatividade feminina no Brasil e discute fatores que alimentam esse status e contextualizam os projetos nesse universo.  O posfácio traz uma reflexão sobre a representatividade feminina nas ciências exatas, nos espaços acadêmicos na perspectiva da equidade de gênero como pauta de direitos humanos.  Boa leitura!

Cada projeto tem suas particularidades e adotaram estratégias diferentes com vistas ao objetivo que são discutidos e apresentado ao longo do livro.

O que encontrar

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Por uma educação e divulgação científica equitativa, feminista, inclusiva e diversa

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Astromeninas em ação:

experiências acadêmicas e culturais de jovens no Museu de Astronomia e Ciências Afins

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Meninas na Baixada Fluminense:

dos Laboratórios da UFRJ ao Museu Ciência e Vida

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E muito mais!

Apresentação

De um encontro fortuito em um congresso, em São José dos Campos, unidos pela pesquisa de doutorado de Gabriela Reznik nasceu a rede Mulheres em STEM do Rio de Janeiro.

Durante a pandemia do Sars-Cov2 nos reunimos diversas vezes virtualmente e vivenciamos a tecitura de rede, nó a nó, laçada por laçada. Em meio aos encontros virtuais surgiu a proposta de escrevermos um livro onde poderíamos relatar as nossas experiências com os projetos acerca de meninas nas ciências exatas, engenharias e computação, cada um desenvolvido em um contexto diferente, com experiências, vivências e histórias próprias envolvendo as pesquisadoras, professoras, universitárias, licenciandas e alunas do ensino básico.

As relações de gênero das ciências exatas vêm sendo estudadas e discutida há décadas especialmente no campo acadêmico. Mais recentemente, em 2013, foi
iniciada uma política pública com o objetivo de inserir jovens meninas em STEM, por meio do CNPq, que permitiu tratar a questão mais de perto, com ações
práticas e resultados no curto e médio prazo.

Outras iniciativas também foram criadas por organizações associadas ao tema, profissionais bem-sucedidos em suas carreiras e que optaram por ajudar as jovens iniciantes na engenharia. Todas essas ações nos atravessaram e nos une em rede. O desenvolvimento desta obra foi um processo horizontalizado no qual cada grupo trazia seus pontos de destaque, que foram sendo alinhavados aos poucos e por fim arrematados no projeto de design. Os projetos se espraiam pelo estado, percorrem escolas, museus e universidade da capital e da baixada fluminense, chegando ao norte fluminense, Macaé. Para além dos conceitos de ciência, o desenvolvimento dos projetos é também uma oportunidade de as jovens participantes serem inseridas nos ambientes das universidades, institutos de pesquisa e
museus de ciência, além de contribuir para a construção de um senso de pertencimento aos espaços acadêmicos. As jovens participantes foram expostas a diversos exemplos de mulheres que construíram suas carreiras em STEM, em diferentes contextos, o que pode contribuir para a problematizarmos a sub-representação feminina, trazendo consciência para as relações de poder embricadas no processo, além de contribuir para a representatividade, alimentando sonhos e desejos.
Com livro concluído, não por acaso na mesma época em que a pesquisa de doutorado, nosso amalgama, foi finalizada e a tese de defendida, olho para trás e reconheço a importância dos encontros para a nossa saúde mental. Esse processo que não foi apenas a elaboração do livro, mas também o estabelecer vínculos de amizades para suportarmos essa temporada tão difícil que atravessou a nossa vida deixando muitas marcas, dentre as quais: Elas nas exatas: tecendo redes.

Capítulos

Páginas

O desenvolvimento desta obra foi um processo horizontalizado no qual cada grupo trazia seus pontos de destaque, que foram sendo alinhavados aos poucos e por fim arrematados no projeto de design. Os projetos se espraiam pelo estado, percorrem escolas, museus e universidade da capital e da baixada fluminense, chegando ao norte fluminense, Macaé.

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