A terceira edição da Olimpíada Ciência e Arte reuniu estudantes e professores de diferentes regiões do estado do Rio de Janeiro para a cerimônia de premiação, realizada neste sábado (11/10), no Museu Ciência e Vida, em Duque de Caxias. O evento celebrou o talento, a criatividade e o compromisso de jovens com a ciência e as artes, consolidando a iniciativa Fundação Cecierj, vinculada da Secretaria de Estado de Ciência, Tecnologia e Inovação, como um espaço de valorização do conhecimento multidisciplinar.
Com 81 projetos inscritos, a Olimpíada mobilizou um total de 428 participantes, entre estudantes e professores orientadores, oriundos de 21 municípios fluminenses. Estiveram representadas as cidades de Cabo Frio, Duque de Caxias, Macaé, Magé, Mendes, Nova Iguaçu, Paracambi, Paraíba do Sul, Petrópolis, Resende, Rio das Ostras, Rio de Janeiro, São Francisco de Itabapoana, São Gonçalo, São Pedro da Aldeia, Teresópolis, Vassouras e Volta Redonda. Cada município contou com pelo menos um grupo inscrito, evidenciando o alcance e a capilaridade da iniciativa.
“Sempre que começamos um projeto, temos a esperança, esse sentimento do que vem pela frente e foi uma surpresa muito boa chegarmos a terceira edição. É uma olimpíada atípica, pois não foca em apenas uma disciplina, mas na relação entre dois campos do conhecimento e atinge uma faixa etária que não é muito contemplada: os alunos dos 4º e 5º anos. Essas novidades nos fizeram questionar como seria esse progresso e tem sido de uma maneira muito feliz para nós. É um progresso de fato para uma iniciativa bem característica da divulgação científica que a Fundação Cecierj tem realizado”, disse Thelma Lopes, coordenadora da olimpíada, destacando a participação dos bolsistas da própria Fundação Cecierj e da Faperj como tendo um papel fundamental nessa empreitada.
A diversidade das instituições de ensino também foi um dos destaques desta edição. Participaram escolas de diferentes redes: seis da estadual, duas da federal, 50 da municipal e 23 da privada. Esse cenário reforça o caráter inclusivo da Olimpíada, que promove o diálogo entre ciência, arte e educação em todas as esferas do ensino básico. A expectativa é que, a cada edição, a Olimpíada cresça ainda mais, ampliando o número de participantes e fortalecendo o papel da educação como ferramenta de transformação social.
Participando pela primeira vez, os estudantes da Escola Agrícola Municipal Nilo Batista, em Cabo Frio, já levaram uma medalha, a Menção Honrosa Inclusão Social. Para Júlia dos Santos, de 14 anos, a motivação para se inscrever na olimpíada, além de levar um conhecimento grande, tanto para os nossos alunos, quanto para a escola, o tema de Ciências e Artes já era trabalhado no colégio. “Escolhemos falar sobre mudanças climáticas, porque ainda é algo novo em que estamos vivendo e precisamos aprender. É uma mudança que mexe muito com a gente: um dia está frio, no outro está chovendo, o outro tá muito, muito quente”, disse a menina, que ficou contente com a conquista:
“Fiquei muito feliz, assim como os meus colegas, professores, coordenadores. A gente fica alegre, eufórico, nervoso, dá vontade de chorar, de rir, dá vontade de gritar, pular. Nos sentimos muito felizes por termos participado, de uma forma que vocês nem imaginam, e quero estar aqui mais vezes”.
Premiação
A cerimônia de premiação no Museu Ciência e Vida foi marcada por apresentações culturais, exposições dos trabalhos finalistas e momentos de reconhecimento ao esforço e dedicação dos participantes. Além das já tradicionais medalhas de ouro, prata e bronze, a Olimpíada Ciência e Arte também premia nas seguintes categorias: Meninas nas Ciências, Acessibilidade, Escola Pública, Diário de Bordo, Vídeo Mais Criativo, Voto Popular, Regiões do Rio e Professor Olímpico em três categorias (4º e 5º anos, 6º e 7º anos e 8º e 9º anos).
“É uma alegria muito grande ser bicampeã da Olimpíada Ciência e Arte, que é um evento muito interessante, feito pela Fundação Cecierj, e me sinto muito feliz por ter essa oportunidade de participar, agora, da terceira edição. Concorri na segunda edição e ganhamos o segundo lugar e, agora, o terceiro lugar com as menções honrosas de professor olímpico e voto popular. É uma alegria enorme ser orientadora desses estudantes, que são incríveis”, comemorou Larissa Romana,
Professora de Ciências dos anos iniciais do Pedro II Realengo I, que completou:
“Na primeira edição, percebi que as crianças tiveram um envolvimento muito grande e tivemos a oportunidade de, no seguinte, em 2024, de continuar desenvolvendo atividades com a Fundação Cecierj, com bolsas de iniciação científica, fomentadas pelo CNPq. A Olimpíada extrapola o período em que é realizada e continuar realizando atividades com os alunos me fez querer participar novamente”.
A olimpíada tem como objetivo incentivar e realçar a produção científica e artística entre estudantes da educação básica. A Olimpíada Ciência & Arte é uma iniciativa no campo da divulgação científica e, diferentemente das olimpíadas tradicionais, a da Fundação Cecierj busca o espírito de cooperação entre os participantes, ancorada nos ideais de amizade, excelência e respeito. A iniciativa conta com apoio do CNPq – Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico, Faperj – Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Rio de Janeiro e Faetec – Fundação de Apoio à Escola Técnica.