As ações voltadas para promover a visibilidade da mulher na ciência com vistas ao despertar de talentos de meninas e jovens mulheres para as ciências exatas tiveram início em 2014, com a produção da exposição Pioneiras da Ciência no Brasil.
Em 2019, em parceria com a UFRJ-campus Duque de Caxias, foi dado início, com o apoio do CNPq, a uma ação de equidade de gênero com a participação de cinco escolas do município, envolvendo um professor e três alunas de cada escola.
Em 2022, recebemos um novo financiamento da FAPERJ, e foi dada continuidade do programa que vem se consolidando a cada ano.
Nos anos seguintes, novos financiamentos foram associados ao programa permitindo desdobramentos como o Hackathon Meninas Normalistas e o podcast Mulheres da Hora.
Equipe:
Aline Martins – Museu Ciência e Vida / Fundação Cecierj
Amanda Silva – Museu Ciência e Vida / Fundação Cecierj
Katy Araújo Lucio de Andrade – Museu Ciência e Vida / Fundação Cecierj
Mônica Santos Dahmouche – Museu Ciência e Vida / Fundação Cecierj
Simone Pinheiro Pinto – Museu Ciência e Vida / Fundação Cecierj
Thelma Lopes – Fundação Cecierj
Mônica de Mesquita Lacerda – UFRJ – Duque de Caxias
Joanna Maria Ramos – UFRJ – Duque de Caxias
Camila Magalhães – UFRJ – Duque de Caxias
Meninas e Mulheres da Baixada Fluminense, na Nanotecnologia.
O programa de introdução de meninas e jovens mulheres, da Baixada Fluminense, na nanotecnologia é realizado em parceria do Museu Ciência e Vida com a UFRJ-Campus Duque de Caxias.
Esse programa tem como objetivo promover a cultura científica e despertar talentos em meninas e jovens mulheres para as áreas de ciências exatas, engenharias e computação. São desenvolvidas oficinas de temas introdutório de ciência fundamental e de nanotecnologia. As alunas têm oportunidade de visitar o campus da Universidade, conhecer os laboratórios, o bandejão, a biblioteca, além de trocar experiências com as estudantes universitárias.
No Museu Ciência e Vida, as jovens podem visitar as exposições, participar das sessões de planetário, além de integrar atividades desenvolvidas especialmente para elas, tais como o “Agora é que são elas!”, o “Festival Meninas na Ciência”, exibição de filmes, leituras de obras que se relacionam com a fase da vida delas, entre outras ações. Nas escolas, são exibidas exposições e em seguida organizamos uma mesa redonda com pesquisadoras para discutir a opção pela carreira de cientista.
Além dessas atividades, as integrantes do programa participam de visitas a outros museus de ciência, a LER festival de leitura, visita da Malala ao Brasil, entre outros eventos.
Escolas participantes:
Colégio Pedro II – Duque de Caxias – 2019 e 2020
Colégio Estadual Brasil Turquia – 2019 -2021
Colégio Estadual Monteiro Lobato 2019 – atual
Escola Municipal Dr. Ely Combat 2019 – 2023
Colégio Estadual Hervalina Diniz – 2022 – atual
Colégio Estadual Círculo Operário – CECO – 2019 – atual
Colégio estadual Barão de Mauá – CEBM – 2022 – 2024
Publicações:
Livro Exatas é com elas: Tecendo redes no estado do Rio de Janeiro
Guia com atividades práticas simples que podem ser reproduzidas em casa ou em sala de aula. Disponível em: http://www.xerem.ufrj.br/index.php/guia-nanotecnologia
Artigo:
Museu, universidade e escola: tríade para promoção de meninas em STEM
Resumo: Iniciativas que promovem a inserção de jovens meninas nas áreas de ciências por meio de ações em escolas, museus de ciência e universidades vêm sendo desenvolvidas no país, resultantes de investimentos realizados por órgãos de fomento públicos e privados nos últimos dez anos. Neste artigo, apresentamos um projeto desenvolvido em cooperação entre a Universidade Federal do Rio de Janeiro – campus Duque de Caxias e o Museu Ciência e Vida, no território onde eles se encontram. O projeto contempla um conjunto de atividades tais como oficinas de física, química e nanotecnologia na Universidade, encontros com pesquisadoras no museu e exibição de exposições conjugadas com mesa-redonda composta por pesquisadoras convidadas, nas escolas. Essas mesas-redondas suscitaram discussões acerca das mulheres nas ciências exatas e áreas afins, e constituem o objeto desta pesquisa. As perguntas feitas às pesquisadoras durante esses encontros foram examinadas, posteriormente, por meio da técnica de análise de conteúdo na perspectiva indutiva. Os resultados evidenciam a importância de exemplos de mulheres que tenham construído carreiras nas ciências exatas para a percepção de que esses espaços podem ser ocupados pelas alunas, futuramente. As participantes se mostraram curiosas sobre o universo apresentado e interessadas na discussão sobre mulheres na ciência. Paralelamente, promover o encontro das jovens estudantes com outras jovens de Duque de Caxias que estão se sobressaindo em suas carreiras de ciência parece contribuir para que as jovens participantes do projeto se vissem, em certa medida, representadas, estimulando o senso de pertencimento às carreiras científicas.
Hackathon Meninas Normalistas
O termo hackathon é a junção de dois termos da língua inglesa to hack (de fatiar, quebrar) e marathon (maratona) e costuma ser utilizado para designar maratonas de programação computacional. Entretanto, essa expressão vem sendo aplicada, também, para outros tipos de competição que impliquem geração de produtos que sejam soluções de problemas, podendo ou não ser de caráter tecnológico. Atualmente, já é possível ver hackathon de divulgação científica, de história e também o climathon, um hackathon sobre mudanças climáticas.
Em 2022, o Museu Ciência e Vida concretizou uma proposta inovadora de um Hackathon voltado especialmente para as alunas normalistas, ou seja, dos cursos de formação de professores, no âmbito do ensino médio. Os resultados foram incríveis, as alunas se envolveram muito e o produto final foi surpreendente e estimulante.
Em 2024, foi realizada a segunda edição com mais novidades, veja as fotos, você vai se surpreender.
Fotos:
1ª edição
Lançamento da segunda edição
2ª edição
Publicações:
Artigo:
Resumo: Museus desempenham um papel social crucial na disseminação do conhecimento científico por meio de atividades educativas informais. Este artigo descreve uma iniciativa inovadora realizada no Museu Ciência e Vida, voltada para estudantes do ensino médio na modalidade de formação de professores: Hackathon Meninas Normalistas. A competição tem como objetivo incentivar estudantes discentes desses cursos a desenvolver competências tecnológicas que possam ser aplicadas em sala de aula. A pesquisa quali-quantitativa foi realizada a partir de um questionário anônimo, auto-aplicado, formado por quinze perguntas fechadas e uma aberta com trinta estudantes. Os achados da pesquisa indicam que as jovens têm pouco contato com atividades de STEM, que não conhecem cientistas e que a participação na competição as fez refletir sobre ciências e a inserção das mulheres nas carreiras nas áreas de STEM. Os resultados são motivadores para os museus de ciência, que têm potencial para engajar meninas ainda na infância sobre temas de STEM.
Podcast Mulheres da Hora
O podcast Mulheres Da Hora é uma iniciativa do Museu Ciência e Vida com o objetivo de aproximar mulheres com formação nas ciências exatas, engenharias e computação e que construíram carreira na área, das jovens que atualmente estão na educação básica ou no ensino superior. A proposta é, por meio de um bate papo leve e descontraído, apresentar às jovens exemplos de mulheres com carreiras profissionais estabelecidas nestas áreas de modo que as estudantes possam se identificar com as profissionais e optarem por essas profissões.
O podcast se insere em um conjunto de ações que o museu desenvolve no sentido de estimular meninas a mulheres a optarem pelas carreiras nas áreas de ciência exatas e tecnologia. Junte-se a nós na promoção da equidade de gênero nas tecnologias!
Os episódios estão disponíveis no Spotfy, no perfil Mulheres da Hora e nos demais tocadores. As novidades sobre o podcast são publicadas também no seu perfil no instagram @mulheresdahora.pod
Os vídeocast são publicados no canal do You tube do Museu Ciência e Vida – https://www.youtube.com/c/MuseuCi%C3%AAnciaeVidamcv
Coordenação Geral: Mônica Santos Dahmouche;
Coordenação técnica e edição de conteúdo: Valéria Becker;
Roteiro: Equipe de produção: Simone Pinheiro Pinto e Kaylani Moreira
Gravação on-line com a captação e tratamento de som de Valéria Becker;
Identidade visual: Simone Jablkowicz;
Locução: Valéria Becker
Pioneiras da Ciência no Brasil - exposição
Em 2014, desenvolvemos uma exposição baseada no livro Pioneiras da Ciência no Brasil, realizado pelo CNPq. Essa exposição já itinerou por diversas instituições e pelas escolas que integram o projeto.