A mais recente edição da revista do Observatório Ambiental Alberto Ribeiro Lamego traz um artigo acadêmico da ex-aluna do Cederj, Jacqueline Gatti Moreira, de 56 anos. A pesquisa será o primeiro trabalho acadêmico publicado por Jacqueline, que se formou pela Universidade Estadual do Norte Fluminense Darcy Ribeiro (UENF) no curso de Ciências Biológicas, em 2021, ofertado no Polo Cederj Macaé. A publicação é uma produção da Essentia Editora, coordenação subordinada à Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós-Graduação do Instituto Federal Fluminense (IFF), que estimula a produção e divulgação de obras de valor científico e cultural de autores nacionais e estrangeiros.

“O meu artigo é um tema mais urgente na atualidade do que em qualquer outra ocasião, tendo em vista a pandemia da Covid-19.  Propõe comparar a propagação de diferentes viroses emergentes, pandêmicas e epidêmicas. Avaliar a influência das ações antrópicas (resultantes do comportamento humano) nestes processos, além de caracterizar os principais vetores nas viroses emergentes”, explicou Jacqueline.

O artigo Análise da Propagação de Viroses Emergentes Influenciada por Fatores de Comportamento Humano e Ações Antrópicas’, que pode ser conferido no fim desta matéria, foi feito por meio de ampla revisão bibliográfica sobre o tema, englobando publicações do final dos anos 1980 até 2020. “Conclui-se que as modificações relacionadas ao comportamento humano, associadas à agricultura intensiva, fazem com que certos animais silvestres se tornem vetores de doenças em ambientes rural e doméstico”, explicou a bióloga.

Segundo Jacqueline, a expansão provoca a entrada em nichos onde novos agentes podem ser encontrados. “A criação extensiva de porco–pato, tradicionalmente praticada na China, coloca duas espécies em contato, favorecendo um laboratório natural para novas cepas recombinantes para gripe. No fator comportamento humano, a facilidade de deslocamento, principalmente o transporte aéreo internacional, contribui para a rápida disseminação das doenças”, afirmou.

Trajetória

A formação em Ciências Biológicas não foi a primeira de Jacqueline. Em 1994, ela concluiu o curso de Farmácia pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). “Época em que o ensino universitário era restrito a um determinado grupo, chamado de ‘elite intelectual’”, afirmou Jacqueline. Ela conta o que mais lhe impressionou no curso oferecido pelo Cederj:

“Foi a dinâmica do curso. O ensino na modalidade a distância permite maior diversidade de estudantes, sendo mais democrático, porque facilita o acesso de populações menos privilegiadas ao ensino superior. Isso é transformador. Nesse tipo de ensino, o aluno que não tem muito tempo, pode escolher o melhor horário para acessar a plataforma do Cederj, que disponibiliza material didático digital, vídeo aulas, textos e acesso à tutoria a distância”. 

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