Em 2006, Uéverton dos Santos Souza ingressou no curso de Tecnologia em Sistemas de Computação do Cederj, curso oferecido pela Universidade Federal Fluminense. Ele se formou em 2008 e, agora acaba de ser eleito membro da Academia Brasileira de Ciência, fundada em 1916, com o objetivo de estimular o desenvolvimento científico e tecnológico do país.

“Ter sido eleito membro afiliado da Academia Brasileira de Ciência significa ter alcançado o reconhecimento dos principais cientistas brasileiros da atualidade, pelo meu empenho no avanço e desenvolvimento da ciência e sinaliza que estou no caminho certo como cientista”, ressaltou Uéverton.

Uéverton, de 36 anos, se graduou no polo Cederj em Três Rios, em 2008, quando não havia muitas possibilidades para cursar uma graduação pública no município. “A maioria dos estudantes ia para Juiz de Fora ou para o Rio de Janeiro (capital), para cursar uma universidade federal”, recordou.

Disciplina

Ao analisar a sua trajetória, que teve a vida transformada a partir da graduação a distância, ele acredita que a disciplina exigida no curso foi fundamental na construção do seu perfil de pesquisador. “O formato semipresencial exige que os alunos tenham disciplina e sejam independentes e são duas características necessárias para um cientista”, disse.

Professor do Instituto de Computação da UFF, bolsista PQ 2 do CNPq (Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico e bolsista JCNE da Faperj (Fundação Carlos Chagas Filho de Amparo à Pesquisa do Estado do Rio de Janeiro), Uéverton lembrou que era difícil para um aluno, que não tivesse uma boa condição financeira, se deslocar para cursar uma faculdade.

“Era preciso ter uma condição financeira compatível, o que não era o meu caso. O Cederj me proporcionou a oportunidade de me graduar em um curso de qualidade em minha cidade de forma gratuita, abrindo caminho para eu me tornar o pesquisador que sou hoje”, afirmou.

Reconhecimento

A categoria de membros afiliados da Academia Brasileira de Ciência tem como objetivo identificar cientistas promissores em nosso país. O reconhecimento destes pesquisadores estimula o desenvolvimento do grande potencial desses jovens e visa à manutenção do progresso da ciência tanto no presente quanto no futuro.

Para o pesquisador, o ingresso na Academia Brasileira de Ciência é uma grande conquista pelo seu trabalho. “Esse título é o reconhecimento de minha carreira como pesquisador e orientador de teses e dissertações pela academia. Além de gratificante, o título sela o compromisso de representar, promover e mobilizar a comunidade científica brasileira”, declarou Uéverton.