Especialistas, gestores públicos e representantes do setor de inovação se reuniram, nos dias 7 e 8 de agosto, no Expo Rio, na cidade do Rio de Janeiro, para debater os impactos das novas tecnologias na educação. A Fundação Cecierj, vinculada da Secretaria de Estado de Ciência, Tecnologia e Inovação, participou pela primeira vez do Blockchain Rio, considerado o maior ecossistema de inovação em blockchain e finanças digitais da América Latina.
O coordenador da disciplina de Ciência da Computação pelo Cederj/UFF, Diogo Mattos, ministrou uma palestra sobre aplicações da blockchain na educação. Ele abordou conceitos de imutabilidade de registros acadêmicos e identidade digital autossustentável, além dos desafios técnicos e regulatórios para implementação no setor. “A tecnologia blockchain surgiu em 2008, pelo advento da bitcoin, com a ideia de se fazer o encadeamento de blocos tendo um registro imutável de transações”, explica Diogo, que completa:
“Hoje já vemos um cenário mais distribuído e confiável, fazendo com que a gente tenha a blockchain como um elemento de computação confiável. Essa é a garantia dos dados corretos e a verificação de seus registros. Nesse cenário, vejo com bastante otimismo a chance de descentralização da internet, sem o uso de servidores centrais, seria a WEB 3.0, a próxima etapa da internet”, disse Diogo.
Autoridades reforçam compromisso com a inovação
O secretário de Ciência, Tecnologia e Inovação, Anderson Moraes, enfatizou o papel transformador da iniciativa, que debateu o futuro da tecnologia blockchain e suas aplicações práticas. “Não é apenas um evento de tecnologia, é uma nova forma de dar oportunidades para pequenas empresas. Figuras importantes do setor trouxeram soluções para a população do Rio de Janeiro. Essa iniciativa só foi possível graças às ações do governador Cláudio Castro, da SECTI e ao investimento da Faperj (Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Rio de Janeiro)”.
A Fundação apresentou seus projetos e discutiu como essa tecnologia pode revolucionar a educação. “Estamos aqui para nos atualizarmos quanto a essa tecnologia, que tem muito a contribuir para a segurança digital. Pensando em nossas políticas públicas, ela pode ser utilizada na autenticação de documentos, segurança de dados e proteção das plataformas em si”, afirmou Bruna Werneck, responsável pela Assessoria de Projetos Especiais do Cecierj.
Dayane Batista, caloura do curso de Computação do polo Cederj Niterói, visitou o estande da Fundação Cecierj e compartilhou sua perspectiva: “Além de aluna, trabalho em uma empresa pública com ativos ambientais. Vim agregar conhecimento tanto para minha formação quanto para aplicar na prática dentro da minha área de atuação”.
Evento contou com apoio da Faperj
A presidente da Faperj, Caroline Alves, reforçou o compromisso da instituição com o avanço tecnológico: “Acreditamos que a ciência deve estar presente no cotidiano dos alunos, com ferramentas digitais que ampliem o acesso ao saber e estimulem o pensamento crítico”, afirmou Caroline.
O evento também contou com a presença do presidente da Fundação Cecierj, Ricardo Piquet, do presidente e do vice-presidente Administrativo da Fundação de Apoio à Escola Técnica (Faetec), Alexandre Valle e Fabrício Repsold.