Ancorada nos ideais olímpicos de amizade, excelência e respeito, a I Olimpíada de Ciência & Arte da Fundação Cecierj, vinculada da Secretaria de Estado de Ciência, Tecnologia e Inovação, chegou ao final no sábado (30/10) com a apresentação e premiação dos projetos na categoria “Alimentação, Células, DNA e Artes”. Ficará marcada entre os seus organizadores, estudantes e professores das redes públicas e privadas do estado do Rio de Janeiro, como um evento de iniciação científica, que, ao invés de gerar competição entre os seus participantes, priorizou o espírito de cooperação.

Para contemplar esse tipo de ideal a Olimpíada foi estruturada para que as provas ocorressem todas organizadas em grupos, diferentemente das olimpíadas tradicionais em que há uma competição individual. O evento foi realizado em três fases e as provas buscavam muito mais realçar as relações entre os campos de conhecimento destacados pela Olimpíada (arte e ciência) do que mensurar o conhecimento sobre eles. O principal objetivo era identificar, estabelecer e propor relações entre as áreas das artes e das ciências.

“A primeira prova objetiva, de múltipla escolha, foi feita em grupo estabelecendo relações. A segunda etapa foi a confecção de experimentos, que durou dois meses. Muito mais do que os resultados houve investimento no processo de aprendizado, cooperação e troca. E a terceira e última etapa, de apresentação dos trabalhos, também foi coletiva, valorizando o coração da Olimpíada que é justamente essa interação entre arte e ciência”, explicou a coordenadora da Olimpíada, Thelma Lopes.

A etapa final reuniu 22 escolas, cerca de 90 alunos, 25 professores e 10 municípios (Duque de Caxias, Macaé, Magé, Niterói, Nova Iguaçu, Petrópolis, Resende, Rio de Janeiro, Santo Antônio de Pádua e Três Rios). Algumas cidades foram representadas por mais de uma escola, como foi o caso de Nova Iguaçu, Rio de Janeiro, Santo Antônio de Pádua e Volta Redonda, dentre outros. Magé contou com a participação de quatro unidades escolares. No total dos três dias de apresentação e premiação dos projetos foram gerados seis vídeos, que já somam quase dez mil visualizações.

“A Olimpíada de Ciência & Arte da Fundação Cecierj foi um grande sucesso e essa edição foi a primeira de muitas. O evento teve um caráter inovador e desafiador e cumpriu com excelência o seu objetivo, o que podemos constatar com os trabalhos de alto nível que foram apresentados. Reitero o meu agradecimento à equipe envolvida na organização do evento, que envolveu muitas áreas da Fundação Cecierj. Cada um contribuiu de forma muito importante para chegarmos a essa etapa, além da participação valorosa dos estudantes e professores orientadores”, destacou o presidente da Fundação Cecierj, Rogerio Pires.   

Desafios

A Olimpíada da Fundação Cecierj foi realizada a partir de muitos desafios. Primeiro, na própria concepção ao criar uma Olimpíada que juntasse dois campos de conhecimento: arte e ciência. Segundo, conseguir que o evento fosse mais colaborativo e menos competitivo. O outro foi apresentar um evento idealizado para ser realizado no modo presencial e adaptá-lo para o formato virtual.

“Ao final, tivemos um saldo muito positivo. Nós percebemos que, ao realizarmos a Olimpíada na forma como ela foi realizada, a gente mobiliza uma escola inteira, uma turma inteira, ou mais pessoas e não só o aluno, individualmente, ser avaliado. Ainda que a escola a que ele pertence tenha o reconhecimento, esse estudante mobiliza outros atores sociais dentro da comunidade escolar. Acho que o ponto mais positivo dessa Olimpíada foi esse: conseguir mobilizar a escola, a família e outros alunos”, ressaltou Thelma Lopes.