A Semana Literária e dos Povos Originários, que começa nesta quinta-feira (11/04), tem como intuito incentivar a leitura e a formação dos professores e estudantes da Rede CEJA e o público em geral, a partir de um diálogo com diversos autores e contará com a presença de docentes das redes municipal e estadual de educação, livreiros e representantes dos povos originários.

As lives serão ao vivo no canal CEJA Virtual, no Youtube, e contam com certificado de participação. A realização é da Rede CEJA – Centro de Educação de Jovens e Adultos, que integra a rede estadual de ensino e é administrada pela Fundação Cecierj, vinculada da Secretaria de Estado de Ciência, Tecnologia e Inovação.

O objetivo do evento é valorizar a literatura, a arte e as expressões vindas dos povos originários, assim como ouvir as diferentes formas de linguagem. No primeiro dia, a transmissão contará com a presença da professora Fernanda Xavier, da Secretaria Municipal de Educação do Rio de Janeiro e de Cecília Lima, livreira infanto-juvenil.

No dia 15/04, os dinamizadores da Rede CEJA, Regina Marques (Inglês), Andrea Matias (Língua Portuguesa), Daniele Gomes (Filosofia) e Giovani Codeça (Filosofia) vão apresentar obras literárias diversas, oferecendo um resumo dos conteúdos e informações sobre os autores, refletindo sobre as motivações para a leitura dessas obras e as tangências com as temáticas da Semana Literária e dos Povos Originários.

No encerramento, no dia 17/04, um dos convidados é Piratá Waurá, professor, fotógrafo e cineasta do povo Wauja do Território Indígena do Xingu (Mato Grosso). Ele produziu diversos filmes, como “Kamukuwaká: a história sagrada do povo Xinguano”, “Povo Wauja em prevenção contra a COVID-19”; entre outros. Atualmente, integra a equipe de pesquisa da Fiocruz que estuda os impactos das mudanças climáticas na saúde Wauja.

Outro convidado é o fotógrafo e indigenista brasileiro Renato Soares, que iniciou a carreira em 1986 e, desde então, realiza viagens para retratar as diferentes formas de expressão cultural dos grupos étnicos brasileiros. A identificação com o universo indígena vem desde a infância, e se consolidou logo nos primeiros contatos com tribos em áreas remotas do Amazonas e também através da amizade com o sertanista Orlando Villas Bôas.

Quem também marcará presença na Semana Literária e dos Povos Originários é Thanis Parajara, fotógrafa formada pela Escola de Fotografia Popular, do Observatório de Favelas em parceria com a Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e que compõe o acervo do Imagens do Povo. Ela desenvolve sua pesquisa documental fotográfica sob sua descendência indígena, registrando suas vivências e trazendo a narrativa dos povos originários de diferentes etnias.

A atividade integra as comemorações pelo Dia dos Povos Originários, em 19 de abril, e destacar o valor dos povos indígenas para a sociedade brasileira, mantendo e fortalecendo suas identidades, línguas e religiões. A Semana Literária e dos Povos Originários é uma das iniciativas da rede de Educação para cumprir com a obrigatoriedade do estudo da história e cultura indígena, africana e afro-brasileira nas licenciaturas na área das ciências humanas. A Lei nº 11.645, de 10 março de 2008, torna obrigatório o estudo da história e cultura indígena e afro-brasileira nos estabelecimentos de ensino fundamental e médio.