Apenas dois dias após a confirmação do primeiro paciente com Covid-19 no Brasil, duas cientistas brasileiras lideraram a publicação do sequenciamento do novo coronavírus, chamado de SARS-CoV-2. O trabalho desenvolvido por Ester Sabino e Jaqueline Goes de Jesus  foi reconhecido mundialmente pela rapidez e serviu de inspiração para uma série de posts que o Museu Ciência e Vida, da Fundação Cecierj, vinculada da Secretaria de Estado de Ciência, Tecnologia e Inovação, começou a fazer nas redes sociais. Essas publicações se transformaram no livro ‘Agora é que são elas’, da professora associada Mônica Dahmouche, com lançamento nesta quarta-feira (06/10), às 19h, no canal do YouTube do Museu Ciência e Vida. O livro conta também com importantes contribuições das servidoras Ana Maria Amorim, Katy Andrade, Liliana Coutinho e Rosane Fernandes Oliveira.

“Queremos, com o lançamento do e-book ‘Agora é que são elas’, dar visibilidade a mulheres que foram ou são protagonistas na área da saúde. O que motivou a iniciar a série nas redes sociais do Museu Ciência e Vida foi o sequenciamento do DNA do SarsCov2 por Esther Sabino e Jaqueline Goes, em tempo recorde. A partir de então, busquei mulheres brasileiras e estrangeiras que deram contribuições importantes à sociedade quanto à cura e tratamento de doenças, assim como na produção de fármacos”, explicou Mônica Dahmouche, que atua na vice-presidência científica.

O sequenciamento do genoma do novo coronavírus, realizado por Ester Sabino e Jaqueline Goes de Jesus ao lado de pesquisadores do Instituto Adolfo Lutz, da Universidade de Oxford, e do Instituto de Medicina Tropical da Universidade de São Paulo, vem ajudando epidemiologistas, virologistas e especialistas em saúde pública a desenvolverem vacinas e testes diagnósticos. E essa história é contada no livro ‘Agora é que são elas’, que estará disponível para download gratuitamente na página da Divulgação Científica no site da Fundação Cecierj.

Além de Ester Sabino e Jaqueline Goes de Jesus, a publicação traz o relato dos feitos de cientistas brasileiras e de outras nacionalidades, tais como Celina Turchi, June Almeida, Ruth Sontag Nussenzweig, Francoise Barre-Sinoussi, Gertrude Elion, Mayana Zatz, Rosalyn Yalow, Gerty Cori, Esther Lederberg, Bárbara McClintok, Rita Levi-Montalcini, Dorothy Hodgkin, Elizabeth Blackburn. O livro também tem sugestão de filmes e livros para ampliar o conhecimento sobre mulheres expoentes da ciência.

“O lançamento desse livro é uma importante iniciativa da Fundação Cecierj, vinculada da SECTI, ao dar visibilidade a mulheres que, através de seus trabalhos, que contribuíram e contribuem para o desenvolvimento das ciências na área de saúde. É uma fonte de inspiração, além de promover a cultura científica e promovendo o acesso à informação para todos, especialmente professores e estudantes”, destaca o secretário Dr. Serginho.

Importante espaço da Fundação Cecierj, localizado na Baixada Fluminense, o Museu Ciência e Vida é um que agrega ciência, cultura, educação e tecnologia. O lançamento do livro ‘Agora é que são elas’ faz parte de um trabalho que pretende dar visibilidade a pesquisadores brasileiros, assim como o programa ‘De frente com cientista’, também disponível nas redes sociais, além de exposições e eventos temáticos.

“O Museu Ciência e Vida tem feito um importante trabalho on-line e o e-book é resultado dessa atuação: um produto que começou nas redes sociais e virou uma publicação dando visibilidade às protagonistas da cena científica. Vale a pena fazer o download do ‘Agora é que são elas’ e conferir um pouco mais sobre essas cientistas”, comentou o presidente da Fundação Cecierj, Rogerio Pires.