A Educação foi uma das áreas mais impactadas pela Covid-19 e o ensino remoto foi um modelo escolhido por muitas instituições de ensino para manter o aprendizado. Referência no Estado do Rio de Janeiro no ensino a distância na modalidade semipresencial, a Fundação Cecierj também precisou se adaptar. Para avaliar os impactos das ações tomadas e orientar as do segundo semestre, o órgão ouviu 9.104 estudantes em uma pesquisa realizada entre os dias 19 e 30 de junho. Seguindo a tendência das instituições de ensino superior, cujo calendário acadêmico foi afetado pela pandemia, o ano letivo continuará sendo totalmente a distância e, pela primeira vez, a aula inaugural, que aconteceu no dia 08 de agosto, foi totalmente on-line.

“Toda a Fundação Cecierj e as universidades consorciadas precisaram se adaptar a essa nova realidade imposta pela pandemia. Uma das primeiras mudanças foi em relação ao calendário de provas que estava marcado para o mês de abril. Com o fechamento dos 34 polos, as avaliações presenciais precisaram ser substituídas para a modalidade especial on-line, por meio da Plataforma Moodle/Cederj, e era necessário avaliar se essa medida atendeu os nossos estudantes. Tivemos as respostas através da pesquisa realizada, que também nos ajudou a el estabelecer estratégias para a educação a distância em tempos de pandemia”, explica o professor Glaucio José Marafon, vice-presidente de Educação Superior a Distância.

O questionário foi disponibilizado para os alunos ativos das instituições públicas que compõem o Consórcio Cederj e, do total de 34 mil estudantes, 26% responderam a pesquisa. Uma das propostas do trabalho era avaliar o nível de dificuldade que os estudantes tiveram para realizar as avaliações do semestre usando a plataforma. A forma utilizada para acessar essa ferramenta é um dado importante tanto para o planejamento da avaliação (APX) quanto para a disponibilização do material de estudo.

O acesso a internet em casa, através de wifi banda larga foi a resposta de mais de 90% dos respondentes, assim como o acesso pelo computador de casa. Um dado interessante é o uso do celular para acessar a plataforma, com mais de 70% de respostas. O período do dia em que os estudantes mais acessaram à plataforma Moodle/Cederj se concentrou tarde e noite, correspondendo a 50,4% e 81,1% respectivamente.

A pesquisa mostra que 90% dos estudantes realizou as duas avaliações sem dificuldades e que a maioria (64,5%) utilizou materiais do próprio Cederj para estudar, como PDF do livro didático, materiais na plataforma (61,1%) e livro didático impresso do Cederj (50,3%). Cerca de 70% responderam que ficaram satisfeitos com as orientações disponibilizadas pelos professores para as avaliações (APXs).

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Com o objetivo de ajudar os alunos em suas dúvidas sobre a realização das avaliações foi elaborado um documento de “Perguntas Frequentes”, a partir de questionamentos enviados à Ouvidoria da Fundação. A leitura deste documento foi feita por 65% dos respondentes da pesquisa; 37,6% disseram que o documento foi essencial, resolvendo grande parte de suas dúvidas.

“Precisávamos avaliar de que forma as nossas atitudes, lá no início, impactaram os estudantes e, também, planejar as ações do segundo semestre deste ano. Foi um trabalho integrado de vários setores da Fundação, que além da Diretoria Acadêmica, contou com as áreas de TI e a Divisão de Designer Instrucional, para melhorar a usabilidade da plataforma e evitar o seu congestionamento. Tínhamos que entender também como o isolamento social afetou os nossos alunos em diversos aspectos: acesso à internet, realização das provas e se durante esse período ficaram doentes ou em contato com alguém contaminado pela Covid-19”, explicou a ex-diretora acadêmica Sueli Thomaz, que coordenou o estudo.